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Saiba o que rolou no Affiliate Summit de Florianópolis

Nos dias 27 e 28 de novembro a aconteceu em Florianópolis, no CrossFit Morro das Pedras o Affiliate Summit, encontro promovido pela CrossFit Brasil para reunir os proprietários e coaches de Boxes Afiliadas como uma forma de troca de experiências, reafirmação das bases do CrossFit e dicas de como podemos manter uma melhora constante, objetivos do “novo” time de Staffs direcionados aos afiliados.



O que é CrossFit? Quais são as características de um bom treinador? Onde o afiliado poderia se tornar melhor para com seus alunos antigos e na captação de novos? Foram algumas das perguntas norteadoras do início da fala de Ricardo Prudente da Punk CrossFit e responsável pelos afiliados BR. Com elas percebemos como a discussão é ampla e como a constante reavaliação de todas as nossas atitudes no dia-a-dia são importantes e principalmente, para a CrossFit não basta que nosso box seja simplesmente afiliado, mas sim que respire o CrossFit.


Fazer suar qualquer um pode fazê-lo, “nem diploma é necessário”, mas CrossFit vai além, nosso Kernel – núcleo, parte principal – é o movimento funcional constantemente variado em alta intensidade aliado a bases nutricionais sólidas de forma a mantermos saúde e longevidade, deve ser mensurável, simples e aplicado ao cotidiano. A partir do kernel, temos como aplicação o Ethos – caráter, que tem três bases, o trabalho duro garantido pela presença de desafios e a criação de resiliência frente as dificuldades, o padrão inflexível, que garante a prevenção de lesões, desenvolve habilidade complexas e entrega resultados e o (famoso) espírito de comunidade, que se manifesta a partir do comprometimento as outras duas bases, não sendo a essência do CrossFit, mas sim o resultado de sua aplicação, uma ótica muito interessante, a comunidade só é forte, só é coesa porque o CrossFit funciona.


Dinâmicas de correção de padrões de movimento aconteceram, e tivemos o prazer de assistir, participar e observar treinadores CF-L3 demonstrando um pouco da forma que trabalham em apenas 5’, pessoalmente, não sabia que como um simples air-squat poderia ser tão finamente ajustado, corrigido e estimulado.


Fala – Mostra – Observa – Corrige, é o fio condutor da dinâmica tudo isso com os 90 espectadores atentos e depois, os feedback da equipe de staffs bem como dos demais participantes, observações como: “Percebeu que houve pouquíssimo contato com o aluno X?”, “Se você tivesse olhado por outro ângulo, teria visto que o erro do aluno W era no quadril”, “Talvez você focou muito nas correções verbais, uma correção táctil talvez fosse mais efetiva” mas também elogios, “Gostei da forma que você posicionou ou alunos (em formato de V), é uma abordagem interessante” e “Acho que os elogios pelo contato são melhor recebidos, percebe-se pelo rosto das pessoas”.


A alegria, a energia e o profissionalismo que os treinadores exalavam era sensacional e cada contribuição, cada questionamento, cada discussão dos participantes tornou o evento ainda mais fantástico, uma coisa era nítida e compartilhada, o brilho no olhar e aquele arrepio nos braços de por fazer parte e saber que não estamos sozinhos.


Também tivemos a ilustre presença do Rodrigo Jasbick, médico cardiologista e intensivista famoso por seu perfil no instagram @seu_médico_faz_crossfit, ferrenho defensor da modalidade não somente por mera identificação pessoal com a modalidade, mas sim por justifica-la através de embasamentos científicos. Com seus discursos polêmicos, mas muito bem embasados, esclareceu que o médico trabalha com doença e quem trabalha com saúde são os educadores físicos, é através da atividade física que toraremos o mundo mais saudável.


E ainda mais, tendo em vista toda essa magnitude do CrossFit, fica a cargo dos treinadores, liderar, dar exemplo, ser altruísta, comprometido e principalmente, construa conexões com os alunos e entre eles, que transmita toda essa energia, esse “tesão” a aqueles que confiam sua saúde em nós e nos abastecem, cada um do seu jeito, com cada superação, cada novo movimento aprendido ou até mesmo com cada história de vida, o aprendizado e o crescimento pessoal são sempre bilaterais, só não enxerga quem não quer.

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