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Como foi o terceiro dia da Copa Sur

Atualizado: 15 de dez. de 2022

Durante esse final de semana está acontecendo a Copa Sur, em Vitória-ES, que irá classificar os representantes da América do Sul para o Crossfit Games. Aproveitamos que alguns dos nossos atletas foram para o Espírito Santo acompanhar esse megaevento de perto para trazer para vocês o relato deles de como foi essa experiência a cada dia. Aproveitem essa análise completa e detalhada feita pelo Ale Ushizima, o Japa, que está em Vitória passando o dia dos namorados com a Fran Ushizima, sua esposa, acompanhando a semifinal do Crossfit Games.


Day 03

Mais um dia em que chegamos cedo para garantir aquele lugar especial para acompanhar as provas. Por volta das 08h30 a arquibancada já estava lotada.


Iniciou o dia com a primeira prova de times. E que prova! Analisando a prova de fora, os movimentos propostos pareciam inofensivos, mas, de longe, foi a melhor prova de times do evento inteiro. O wod era composto de 16 cal de remo para mulheres, 24 cal de remo para homens, enquanto um remava, os demais permaneciam em hold com a anaconda (aproximadamente 180 kg). Após, os atletas deveriam fazer 50 anaconda clean & push press e finalizar com 16m de anaconda lunge.


As duas baterias foram intensas. A torcida estava frenética. Os times disputavam rep por rep no clean & push press. No final dos 15 minutos, nenhum time conseguiu entrar no último movimento do wod, mas, mesmo assim, era notório que os atletas estavam no limite físico.

Na sequência iniciou a segunda prova em times e encerrou o campeonato para aqueles atletas em grande estilo. Extrema dificuldade técnica pelo conjunto de movimentos e regras aplicadas ao wod (movimento syncro). Ao final, em uma disputa muito acirrada, teremos um time brasileiro que irá nos representar no CrossFit Games. O primeiro lugar ficou com a equipe argentina, Q21.


Após, iniciou o primeiro evento individual feminino do dia. Uma prova muito desgastante e bem programada pela organização do evento. Couplet com o selo CrossFit®. As meninas mostraram muito bom desempenho no ginástico e na estratégia do wod. Ao final, era nítido que as pernas já estavam bambas, mas ainda havia mais 1 evento no dia. A grande final.


As baterias masculinas foram um pouco mais emocionantes para a torcida, pois havia um pega entre os atletas. Porém, a grande emoção da prova ficou por conta do Anderon Primo. Se existe uma palavra que define essa pessoa, a palavra é RESILIÊNCIA. Mesmo lesionado no dia anterior, ele estava dentro da arena. Os thrusters foram realizados praticamente unilaterais, pois a lesão do lado direito obrigou o atleta jogar todo o peso para a perna esquerda. A torcida vibrava a cada repetição realizada.


Nessa mesma bateria, até certa altura da prova, o argentino Agustín Richelme a liderava por aproximadamente 15 reps. Foi então que a torcida começou contar as reps do Gui Malheiros e ele simplesmente acelerou os thrusters em uma velocidade surpreendente, passando o atleta argentino e vencendo mais uma bateria.


Posteriormente foi iniciada a segunda prova feminina que, assim como a primeira, foi nitidamente desgastante para as atletas. A prova era eliminatória e somente as 10 melhores atletas passariam para os próximos rounds.


Na prova masculina o improvável aconteceu. Gui Malheiros estavam fora da final. Ele tomou 2 no reps no handstand walk por ultrapassar as demarcações laterais com os dedos.


Nesse momento foi possível notar uma completa falta de padrão entre alguns judges para a validação do movimento. Uns eram pouco criteriosos com essa ultrapassagem das mãos na linha lateral, já outros eram extremamente exigentes. Apesar de ser um critério determinado pela organização, os judges não poderiam ser flexíveis nesse quesito. O judge não está ali para beneficiar ninguém, mas sim para ser justo com os demais atletas.


A bateria final feminina foi disputada entre a Victória Campos e a Júlia Kato, tendo como vencedora a Victória Campos por uma fração de segundos.


Logo após o término da bateria, a organização iniciou a contagem de pontos onde ficaram conhecidas as mulheres que estariam representando a América do Sul no CrossFit Games. Para nossa felicidade, as duas brasileiras que estavam na bateria final, Victória Campos e Júlia Kato.

Aproveitando o clima de dia dos namorados, rolou um pedido de casamento icônico. Uma das atletas pediu o então namorado de 13 anos, em casamento. Foi muito divertido. Gabriela Marrafon tomou conta do palco e pediu a mão do Beraldo Toma!


Na bateria final masculina, a maior emoção foi ver Anderon Primo disputando o round final ao lado de Lucas da Rosa. Dois antigos conhecidos da comunidade brasileira de CrossFit®. Anderon Primo, depois de tudo que suportou durante os 2 últimos dias, ganhou a prova por uma leve diferença.


Mais uma vez a organização começou a contagem de pontos. O primeiro lugar já era conhecido por toda a torcida. Gui Malheiros era o grande campeão e estaria nos representando mais uma vez no CrossFit Games. A disputa pela segunda vaga estava entre Agústin Richelme e Pedro Martins. Por uma pequena diferença de pontos, Pedro Martins carimbou a sua vaga para Madison ao lado de Malheiros. A torcida entrou em êxtase.


Pela primeira vez na história dos Games, quatro brasileiros estariam representando o país na elite da maior competição de CrossFit® do mundo. Victória Campos, Júlia Kato, Guilherme Malheiros e Pedro Martins.


Logo após o término das provas, toda a torcida se direcionou em busca dos atletas para tirar fotos, pegar autógrafos ou dar aquele abraço no ídolo. O local estava muito cheio e se locomover estava muito difícil. Nesse momento, tivemos uma ideia. Para sair do evento, obviamente os atletas deveriam passar pelo portão de saída. Então nos deslocamos próximo ao local para “tietar” quem encontrássemos por lá. No final, deu tudo certo. Encontramos diversos atletas e conseguimos fotos de recordação.


Após, nos direcionamos à imensa fila que aguardava para tirar foto com o “brabo”, Gui Malheiros. Durante a nossa espera, os patrocinadores ofereceram alguns quitutes para o pessoal, como barras de cereal, bala e água.


Chegando a nossa vez, foi impossível não notar o cansaço do Gui, mas, mesmo assim, ele foi super gentil e querido conosco. Fomos recepcionados pela namorada do Gui, Lu Dal Agnol, que por sinal é muito simpática, que estava auxiliando nas fotos. É um casal com uma vibe fantástica e harmoniosa.


Encerrando a tietagem, finalizamos a nossa participação no evento, cansados, mas extremamente satisfeitos com tudo. Apesar de algumas falhas técnicas, o evento não perdeu seu brilho. É uma experiência indescritível.


Com toda certeza voltaremos no próximo ano.


A equipe do Máquina agradece ao Japa e a Fran por esse conteúdo produzido para nosso blog durante a "folga" deles e o passeio em Vitória!

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