Muitas pessoas relacionam a prática da atividade física ao consumo de Whey. Porém, como o mercado vem trazendo cada vez mais opções de sabor, isso acaba chamando mais atenção do que os componentes. Para obter uma boa escolha, você sabe quais fatores devem ser levados em consideração? Vamos conhecer tudo que existe por traz desse produto.
O que é?
O Whey é um subproduto da produção de queijo, composto por proteínas de alta qualidade do soro do leite. Rico em aminoácidos essenciais, especialmente BCAAs. Há mais de 400 anos, os suíços fabricantes de cream cheese, tiveram a ideia de incluir a proteína do soro do leite na alimentação humana, após perceber que alguns porcos, que eram alimentados com esse “dejeto” da produção da época, estavam mais saudáveis e desenvolvendo muito rápido.
Alguns fabricantes começaram a perceber uma melhora na saúde ao ingerir esse produto, que era filtrado através de uma peneira forrada com tecido fino branco e auxílio de uma colher de pau. Após ganhar conhecimento em vários lugares e na medicina, houve a iniciativa de fabricar o Whey em pó. Em 1931, o cientista alemão Gerhard Hannappel registrou a primeira patente relacionada ao whey protein, que incluía o processo de extração e purificação da proteína do soro do leite.
O produto ganhou popularidade entre os anos 70 e 80, quando o mundo dos esportes ganhou conhecimento dos benefícios deste para o crescimento muscular, consequentemente ganhando crescimento de mercado.
Pra que serve?
Aumento da massa muscular, recuperação muscular acelerada, redução da fadiga, fortalecimento do sistema imunológico, controle do apetite, melhora da composição corporal, aumento da síntese de proteínas, melhora da saúde óssea.
Após a ingestão, as proteínas são quebradas em aminoácidos, as unidades fundamentais das proteínas. O aumento dos níveis de aminoácidos no sangue, especialmente os de cadeia ramificada (BCAAs) promove o crescimento muscular e fornecimento de energia durante os treinos. O suplemento fornece ao corpo os aminoácidos essenciais necessários para construir e reparar os tecidos musculares, além de conter imunoglobulinas e lactoferrina, que auxiliam no sistema imunológico.
Há 3 tipos de proteínas do soro do leite: Concentrada, Isolada e Hidrolisada.
Cada uma é obtida por um processo diferente:
• Whey Protein Concentrado (WPC): obtida a partir da ultrafiltragem, onde é possível extrair diferentes concentrações de proteína como: 24%, 34%, 60% e até 80%. O produto final contém lactose, o carboidrato do leite;
• Whey Protein Isolado (WPI): passa por uma etapa adicional de microfiltração, o conteúdo de proteína pode ser ainda mais concentrado, apresentando uma quantidade muito pequena ou nula de lactose.
• Whey Protein Hidrolisado (WPH): há uma quebra das ligações entre os aminoácidos que formam a proteína. O produto é composto por aminoácidos livres, que são mais rapidamente absorvidos. Ideal para quem tem dificuldade digestiva.
Cuidados na hora da compra:
Assim como qualquer outro item do mercado alimentício, é bom cuidar com as adulterações. Ano passado, ao analisar algumas marcas de Whey comercializadas no Brasil, o InMetro identificou que duas tinham 30% menos proteína do que o anúncio do rótulo e outras 11 tinham quantidades diferentes de carboidrato, do que as descritas no rótulo.
Como saber se o Whey é bom?
A Nutricionista Gabriely Guimarães comentou que a dica é sempre olhar a tabela nutricional e a quantidade de proteína por porção.
Um Whey de qualidade tem pelo menos 80% de proteína na sua porção.
Exemplo: uma porção de 40 gramas, precisa ter de 20 a 30 gramas de proteína.
Utilização correta:
Alguns nutricionistas ainda ressaltam que o consumo excessivo ou a substituição da alimentação pode ser prejudicial à saúde, podendo ocasionar sobrecarga dos rins e do fígado pelo excesso de proteínas na dieta. Portanto, é muito interessante obter uma orientação profissional e não ficar tão preso na ideia dos resultados rápidos e fáceis. Escolha um bom nutricionista que possa te ajudar no seu processo e lembre-se de que cada indivíduo é único, e as dosagens e formas de consumo podem variar para cada um. Leve sempre em consideração a sua necessidade específica.
Além do Shake:
O consumo de whey vai muito além do shake, através das inúmeras receitas que vem sendo feitas. Algumas opções inusitadas são: sopa, picolé e macarrão. Também está presente nas mais tradicionais como: bolo, alfajor e pasta de amendoim. Já pensou no tanto de coisa que dá pra fazer ou que ainda será feita com esse produto?
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